Costelinhas de tambaqui e uma salada de batatas mais leve

Tambaqui não é lá um peixe muito fácil de se encontrar por aqui pois é originário da região Norte do Brasil. Grande – chega a pesar 30 quilos -, com muita carne e poucas espinhas, é perfeito para ser assado na brasa.

Provei tambaqui pela primeira vez há muitos anos atrás por causa do meu pai, que sempre dizia que “se existe um peixe de água doce melhor do que este, me apresentem”. Foi no restaurante A Figueira Rubaiyat, aqui em São Paulo, e me lembro muito bem da perfeição do assado das suas costelas acompanhadas por vinagrete. Confesso que voltei a comer essas costelas de tambaqui pouquíssimas vezes e, por não ter se tornado um hábito, nunca mais me lembrei dessa maravilha.

Foi justamente meu pai que, nos últimos dias, lembrou-se das tais costelas e me perguntou se conseguiria levar algumas na próxima ida ao Sul. Não só encontrei o tambaqui na minha peixaria preferida e sagrada de todo domingo, como decidi trazer algumas costelas para casa para apresenta-las ao namorido, que nunca havia comido.

Como não moro em apartamento de gaúcho com churrasqueira dentro do apartamento, fiz minhas costelas no forno mesmo.

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Para 8 costelas de tambaqui

  • Sal e pimenta do reino
  • Azeite de oliva
  • 2 folhas de louro
  • Temperos à gosto – eu usei uma mistura (ainda vou fazer um post só desse monte de misturas de temperos que tenho em casa!) com sabor defumado, para tentar enganar o cérebro com um sabor artificial de “na brasa”
  • Suco de 1/2 limão cravo – ou taiti, ou siciliano
  • 2 dentes de alho picados

Coloque um fio caprichado de azeite de oliva no fundo de uma assadeira. Disponha as costelas lado a lado, e tempere bem com todos os ingredientes da lista. Regue com mais azeite de oliva. Pré-aqueça o forno a 220 graus e asse as costelas até que a carne esteja cozida e a superfície dourada. Como vocês poderão observar na foto, meu forno temperamental não dourou as costelas, embora estivesse ligado no máximo… Mas o sabor e a textura ficaram divinos!

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Na foto acabou ficando escondida, mas fiz uma salada de batatas para acompanhar que ficou leve e gostosa. O procedimento é o mesmo de uma salada de batatas normal: cozinhar as batatas em água fervente, até que estejam macias e a casca se rompa. Depois de esfriar, descasque e corte em cubos ou pedaços – como preferir. Eu cozinhei 2 batatas e foi suficiente para 2 pessoas. Em uma tigela, coloquei as batatas picadas, 1/2 cebola pequena bem picada, 1 colher de sopa de mostarda ancienne ( aquela com grãos; se não encontrar ou não gostar, use a mostarda comum), suco de 1/2 limão – usei o cravo de novo -, sal, pimenta do reino, um fio de azeite e 1/2 copo de iogurte natural. Coloque na geladeira para servir bem geladinha.
Além de ficar mais leve pela substituição do iogurte pela maionese, a salada fica mais gostosa para acompanhar peixes e frangos.