Frio, um vinho e uma tigela!

De tanto torcer por um friozinho, chegou um friozão em São Paulo! Me desculpem, odiadores do inverno, mas eu adoro! Gosto do clima, das roupas quentinhas, das comidas pesadas, das bebidas reconfortantes, do ventinho gelado… Eu definitivamente nasci para morar em cidades com 4 estações do ano – com frio que dure 3 meses!

Mas, em alguns desses dias de frio, me dá preguiça de cozinhar. Só tenho vontade de comer em tigela, sabe? E de colher!

Então aproveitei para fazer aqueles ensopados-limpa-geladeira, sem muita receita, só tentando salvar algumas coisas de um futuro no lixo. Então hoje não tem lista de ingredientes e modo de fazer bonitinho, vamos tentar chegar no resultado do meu “misturebão”…

Comecei fazendo um arroz jasmin numa panela pequena, porque estava morrendo de fome e só o ensopado não ia matar a fome de ninguém aqui. Tem coisa melhor do que ir mergulhando a colher na tigela, pegando um pouco de tudo, com aquele arroz molhadinho do caldo?

Em outra panela grande, coloquei azeite de oliva e acrescentei umas fatias de linguiça fresca – tipo toscana -, fritando até dourar. Peguei 2 dentes de alho, piquei, fatiei uma cebola roxa e mandei pra panela. Mais uma refogada enquanto abria a geladeira. Peguei 1 cenoura, descasquei e cortei em pedaços (nada de cubinhos bonitos hoje, qualquer coisa avisa o pessoal que for comer com você que o prato vai ser “rústico”). Fatiei 1 alho poró e 1 pedaço de pimentão amarelo que sobrou sei-lá-do-que. Tudo pra panela. Refoguei tudo muito bem. Peguei um último pedaço de gengibre que ainda habitava o cestinho de frutas e ralei já em cima da panela mesmo.

O arroz ficou pronto, desliguei o fogo e deixei lá abafado pra terminar de secar. Peguei meia garrafa de molho de tomate (na verdade era passata) e coloquei na panela. Coloquei também um copo pequeno de água e deixei lá, fervendo. Lembrei de um pote de pasta de curry vermelho (uma pasta com muitos temperos e bem apimentada) e peguei uma bela colherada – que esquentou até a minha alma depois. Nem me preocupei mais com temperos, essa pasta tem de tudo.

Cortei o pargo (que comprei na feira) em pedaços, temperei com sal e espalhei por cima do “molho”. Decidi aproveitar também meia garrafa de leite de côco que estava naquela prateleira meio esquecida da geladeira e derramei por cima. Tampei e desliguei o fogo. Enquanto isso, tirei as tigelas do armário e piquei uma cebolinha pra jogar por cima – novamente, no estilo rústico.

Pronto! Ainda deu tempo de servir uma taça de vinho antes do peixe estar no ponto certo. Antes de servir ainda espremi meio limão, pra destacar mais o sabor.

Ensopado

Ensopado1

Ensopado2